O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (Rio Grande do Sul) Ricardo Carvalho Fraga e o servidor do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina Caio Rubens Teixeira abordaram a Reforma do judiciário: um olhar em perspectiva no 6º Congresso do SINJUSC, nesta quinta-feira. Na análise dos dois, o judiciário precisa caminhar para a democratização para atender melhor a sociedade.
As teses defendidas pelos dois debatedores são comuns quando o tema é a falta de democracia. Mas também há divergência. O juiz Ricardo Carvalho Fraga entende que o judiciário avançou em alguns pontos. Caio, ex-dirigente da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (FENAJUFE) e Sindicato dos Trabalhadores do poder Judiciário Federal em Santa Catarina (SINTRAJUSC) acredita que parou no tempo. Ele trouxe para o debate expressões como "a justiça é rápida para as empresas e devagar para o cidadão".
Os dois entendem que a proposta de reforma do judiciário não foi implementada nos anos de 1990 por conta da resistência de juízes e servidores, com apoio de outros setores da sociedade. "Quando as nossas pautas, dos trabalhadores e dos juízes, vão se encontrar outra vez?", perguntou Caio Rubens, para responder: "Precisamos encontrar os pontos convergentes e juntar forças novamente para fazer o Poder Judiciário anvançar no sentido dos trabalhadores", declarou. (Foto Rubens Lunge. Caio Rubens e o juiz Ricardo Carvalho Fraga)